Maria de Fátima e Flavia Holanda são alguns microempreendedores que saíram da fila do desemprego para investir nos seus carrinhos de comida ambulante
Maria de Fátima, conhecida também como “Loura”, mora no bairro Paupina, em Fortaleza. Há dois anos ficou desempregada e resolveu se tornar dona do próprio negócio. Hoje, ganha a vida vendendo alimento próximo à Praça do Ferreira, no Centro da Cidade. Tapiocas, pamonhas, bolos, salgados e cafezinho compõem seu carrinho móvel de vendas.
Antes de montar seu próprio negócio, Maria de Fátima trabalhava fazendo tapiocas no shopping Lisbonense. Foi quando seu chefe resolveu fechar a loja e Maria ficou desempregada. Após alguns meses sem emprego, ela recebeu o conselho de um colega, que sugeriu que ela montasse o próprio negócio.
Maria fez um empréstimo e conseguiu comprar seu carrinho. Com o alvará de funcionamento em mãos, o carrinho em casa e a vontade de fazer dar certo, a empreendedora começou a trabalhar por conta própria. Com um sorriso aberto no rosto, ela revela que trabalhar com o “povão” é uma experiência maravilhosa e enriquecedora. O carrinho fica estacionado no mesmo lugar de segunda a sábado, das sete da manhã às cinco da tarde.
Das suas vendas, Maria conseguiu comprar tudo para a casa dela. Ela diz também que fatura entre R$ 200,00 e R$ 300,00, mas, nos dias mais movimentados arrecada em torno de R$ 400,00.
Os carrinhos empreendedores
Com o objetivo apoiar e beneficiar o maior número de empreendedores da Cidade, o Programa de Empreendedorismo Sustentável, da Prefeitura de Fortaleza, oferece acesso à formalização de negócios, capacitação gerencial, consultoria empresarial, microcrédito, comercialização de produtos e serviços, além de contribuir com o INSS mensalmente. De janeiro de 2014 a novembro de 2015, em média 34.700 serviços foram prestados pelo Programa.
Para aprimorar o desenvolvimento dos vendedores ambulantes do comércio de pipoca, em 2015 foi lançado o projeto Meu Carrinho de Pipoca. Inicialmente, 200 ambulantes de pipoca serão beneficiados pelo Projeto. Os empreendedores selecionados serão capacitados para trabalhar com planejamento, vendas, finanças, segurança no trabalho e manipulação de alimentos, além de orientações acerca do Regulamento de Responsabilidade de Uso dos novos carrinhos de pipoca.
O projeto estimulou algumas pessoas a sair da fila do desemprego e ganhar dinheiro com seu próprio negócio. Foi o caso de Flavia Holanda, microempreendedora que também resolveu investir no carrinho. Trabalhando há seis anos com venda, a empreendedora decidiu mudar o produto comercializado, pois identificou uma oportunidade de aumentar suas vendas. “Conheci o projeto Meu Carrinho Empreendedor e resolvi participar do processo seletivo. Estou adquirindo uma perspectiva melhor de crescimento para o meu negócio”, conta.
Assim como Maria de Fátima e Flavia Holanda, outros microempreendedores estão espalhados pela Cidade. Inúmeros carrinhos disputam espaço diariamente nas calçadas movimentados do Centro. O dia a dia é corrido, mas, por meio do seu próprio negócio muitos empreendedores alcançam seus sonhos.
Erikson Amaral e Larissa Becker